31.7.07
22.7.07
Edital Petrobras 2007

É sobre as razões, explícitas ou escusas, desse eterno chororô e algumas especificidades da seleção deste ano de que trato no texto recém-publicado na Cinética.
Leia o artigo em:
15.7.07
Curso no CineSesc

O curso será ministrado no CineSesc, nos dias 23, 25, 30 de julho e 01 de agosto, das 19h às 22h. Fui convidado para ministrar a primeira aula:
A lógica contemporânea e histórica do cinema popular brasileiro
Professor: Leonardo Mecchi
Data: 23 de julho
Existem características recorrentes nos filmes de maior êxito de público dos anos 2000 e traços de conexão entre eles e os sucessos das últimas três décadas? Há uma fórmula narrativa nesses casos? Privilegia-se determinados traços nesse segmento de maior penetração? Baseando-se em dados sobre os filmes mais vistos no país desde os anos 70, percebe-se variações das mesmas matrizes ao longo desse período, embora com especificidades e resultados diferentes em cada fase. A aula procurará relacionar a lógica da política de financiamento e distribuição ora vigente na valorização de determinadas características no cinema brasileiro atual. Mantém-se, por exemplo, a tendência de se partir de materiais já narrados (em literatura, teatro, televisão ou por biógrafos e historiadores), com a quase inexistência do êxito comercial sustentado por uma história nunca antes narrada. Também permanece, em linhas gerais, três vertentes: a dos filmes históricos e biográficos, pautados pela representação de uma verdade ocorrida (uma vida, um período, um evento), a dos filmes-franquias, composta de narrativas centradas em programas ou celebridades de TV, assim como em peças de sucesso, e a da tradição cômica, que tem como novidade a inserção do humor nordestino em sua versão reciclada por intérpretes da Rede Globo. Nesse panorama, foram aposentados os filmes de apelo erótico (os levados a sério e os considerados vulgares), assim como as adaptações de Nelson Rodrigues e Jorge Amado. Essas variáveis são as mais evidentes entre os projetos financiados pela associação de leis de incentivo, Globo Filmes e as distribuidoras estrangeiras, uma trinca sem a qual o cinema popular de classe média hoje teria de ser repensado.
Filmes relacionados
Dois Filhos de Francisco, de Breno Silveira
Carandiru, de Hector Babenco
Os Normais, de José Alvarenga Jr
Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes
Olga, de Jaime Monjardin
Cazuza, de Sandra Werneck e Walter Carvalho
Cidade de Deus, de Fernando Meirelles
Mais informações podem ser encontradas aqui.
7.7.07
Meteoro
Meteoro, de Diego de la Texera, Brasil/Porto Rico/Venezuela, 2006 - Cabine
Mais do que uma fantasia sobre o que teria sido o Brasil se não tivesse havido a ditadura militar, Meteoro se coloca na realidade como uma radiografia do que deveria ter sido o Brasil desde seu início, não sofresse o povo a interferência de forças e poderes externos – numa mitologia que aproxima o brasileiro da predestinação bíblica do povo de Israel, com direito a diáspora em busca da terra prometida e tudo mais. Embora dirigido pelo olhar estrangeiro do porto-riquenho Diego de la Texera, é um filme que trabalha à perfeição o arquétipo idealizado do povo brasileiro. Seus personagens, longe de ostentarem individualidades próprias, representam um aglomerado de estereótipos identitários que, como numa espécie de arca de Noé, será responsável pela perpetuação, durante o período da ditadura militar, do que seria o proto-brasileiro.

É sobre o que seria esse "brasileiro puro" de Diego de la Texera e como ele é representado em Meteoro de que trato no texto recém-publicado na Cinética.
Leia a crítica do filme em: