16.1.07

Os Favoritos de 2006




Com algum atraso, segue aqui minha lista dos favoritos de 2006. Belíssimo ano para o cinema norte-americano, com alguns de seus maiores cineastas (Malick, Scorsese, Mann, De Palma) em plena forma, faltando na lista apenas Clint Eastwood, que agora em 2007 promete tirar o atraso com duas grandes obras: A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima, díptico que retrata uma mesma batalha do ponto de vista tanto dos vencedores quanto dos perdedores.
No cinema brasileiro, o Nordeste continua mostrando sua força, com Karim Aïnouz consolidando sua posição como um dos maiores cineastas da atualidade e Lírio Ferreira entregando uma obra que dividiu opiniões, mas que me interessou muito.
Com vocês, os melhores de 2006:
10+ 2006
  1. O Novo Mundo, de Terrence Malick
  2. O Céu de Suely, de Karim Aïnouz
  3. Amantes Constantes, de Philippe Garrel
  4. Vôo United 93, de Paul Greengrass
  5. Os Infiltrados, de Martin Scorsese
  6. Miami Vice, de Michael Mann
  7. Dália Negra, de Brian de Palma
  8. Caché, de Michael Haneke
  9. A Criança, de Jean-Pierre e Luc Dardenne

Menção Honrosa: Saraband, de Ingmar Bergman, lançado diretamente em DVD.

5+ Brasil

  1. O Céu de Suely, de Karim Aïnouz
  2. Crime Delicado, de Beto Brant
  3. O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger
  4. Árido Movie, de Lírio Ferreira
  5. Estamira, de Marcos Prado

4.1.07

Execução privada, exposição pública

No instante em que os primeiros noticiários internacionais começaram a circular as imagens da execução de Saddam Hussein realizadas pela TV Al-Iraqiya, havia uma única e constante sensação: a de que, a qualquer momento, surgiria na Internet uma versão integral, sem cortes, daquelas imagens editadas e esterilizadas que estávamos observando. Como já se tornou hábito nesses últimos tempos, a confirmação se deu mais rápido do que o esperado: em menos de 24 horas após a morte do ex-ditador iraquiano, surgia no You Tube e outros portais de vídeo uma segunda filmagem da execução, desta vez realizada por uma das testemunhas através de um celular – imperfeita, urgente, ciente não apenas do caráter histórico do fato que registrava como também da historicidade de sua própria essência como registro.
É sobre o que essas duas filmagens representam em termos de diferença de visão sobre aquele "espetáculo" e sobre como elas se inserem nesse nova "era You Tube" de que trato na análise recém-publicado na Cinética.
Leia a análise em: