3.8.07

Conceição - Autor Bom é Autor Morto

Conceição - Autor Bom é Autor Morto, de André Sampaio, Cynthia Sims, Daniel Caetano, Guilherme Sarmiento e Samantha Ribeiro, Brasil, 2007 - CineSesc

Como pôde ser observado por quem acompanhou as exibições de Conceição – Autor Bom é Autor Morto na Mostra de Tiradentes e no CineEsquemaNovo (de onde saiu com o prêmio de público), trata-se de um filme com grande potencial de diálogo com o espectador – mas certamente não aquele que hoje freqüenta as salas do “circuito de arte”.
Historicamente, muitos dos traços trabalhados por seus diretores (o humor debochado, a transgressão, o gore-trash, o apelo sexual) eram características comuns aos filmes efetivamente “populares” (aqui entendido como aqueles que atraiam uma parcela não-elitizada da população) dos anos 70 e início dos 80, levando grande público para as salas de cinema de rua.
No entanto, o filme estreou esta semana em São Paulo e Rio de Janeiro dividindo horário em apenas uma sala do Unibanco Arteplex de cada cidade. Para completar, em São Paulo o Estadão ignorou solenemente a estréia, enquanto, no Rio, O Globo desancou o filme como uma “piadinha de cineasta” e tacou o bonequinho dormindo. Pronto, está montado o cenário para o enterro precoce de mais um filme brasileiro: 164 espectadores no final de semana de estréia, segundo o Filme B.
É sobre as características que tornam Conceição uma exceção no cenário cinematográfico brasileiro contemporâneo e sobre a incapacidade do mercado exibidor absorver esse tipo de transgressão de que trato no texto recém-publicado na Cinética.
Leia a análise em:
Atualização de 08/Agosto: Repercussão - debate com um dos diretores do filme, Daniel Caetano, a respeito de meu texto original.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Pseudo-coletivismo e reprodução de TÉCNICAS desconstrutivistas, engana críticos amigos, mas não o público...

18/7/09 12:20  

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