28.12.07

Lições turcas

Apesar de suas enormes diferenças, os cinemas nacionais da Turquia e do Brasil guardam muitas semelhanças quando analisamos sua relação com o público local nas últimas décadas – e o país eurasiático tem muito a nos ensinar quando o assunto é a ocupação do próprio mercado.
Lá como cá, a produção local, após alguns anos de diálogo estreito com seu público (no Brasil, particularmente entre 1976 e 1983; na Turquia, de 1965 a 1975) sofreu um enorme golpe de viés político e econômico que a precipitou não apenas ao esquecimento, mas à posição de vergonha nacional no imaginário popular, para só nos últimos anos reconquistar o seu espaço.
É sobre as aproximações e distanciamentos históricos entre os cinemas da Turquia e do Brasil de que trato no artigo recém-publicado na Cinética, fruto do seminário que ocorreu em novembro no Reserva Cultural.
Leia o artigo em:
Autalização de 04/Janeiro: Uma versão reduzida deste artigo foi publicada na edição deste mês da revista Reserva Cultural, disponível nas bancas da Av. Paulista.

15.12.07

Ancinav Redux

Semana passada, a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) lançou uma campanha (que inclui um abaixo-assinado endereçado ao Congresso Nacional, a criação de um site específico e a veiculação de um comercial em suas afiliadas) contra o Projeto de Lei 29/2007, que propõe, entre outras coisas, uma cota de canais nacionais nos pacotes das operadoras de TV por assinatura, assim como a obrigatoriedade dos canais estrangeiros de dedicarem parte de sua programação à produção brasileira independente.
Em sua campanha, a ABTA lança mão de ameaças e desinformações para manobrar a opinião pública contra um projeto de lei sobre o qual ela pouco tem informação (e a pouca informação que tem, veiculada pela própria Associação em sua campanha, é distorcida e manipulada), em uma estratégia muito semelhante à que foi utilizada há três anos para barrar a criação da Ancinav.
É sobre essa estratégia digna de repulsa da ABTA e sobre as verdadeiras implicações do Projeto de Lei proposto pelo Governo de que trato no artigo recém-publicado na Cinética.
Leia o artigo em:

8.12.07

Edital BNDES 2007

A política pública para o cinema brasileiro tem muitas vezes cenas que deixariam as mais escrachadas chanchadas da Altântida no chinelo - e, em tempos de clamores por um "choque de capitalismo" no cinema brasileiro, a lista de projetos pré-selecionados pelo edital do BNDES é um exemplo perfeito da falta de uma política articulada e de critérios claros a nortear os investimentos em nossa produção.
É sobre as incongruências dessa seleção em relação às suas próprias regras e às demais linhas de financiamento para o cinema brasileiro do próprio BNDES de que trato no artigo recém-publicado na Cinética.
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