1.2.07

O crítico que virou vidraça

A crítica é uma atividade solitária por natureza. São horas e horas passadas na sala escura do cinema ou em frente à tela reluzente do computador. Atividade não-remunerada, feita pela paixão ao cinema e pela perspectiva de poder, de alguma forma, contribuir para seu desenvolvimento.
Nesse cenário, o retorno do leitor é o único e maior reconhecimento que podemos ter, mesmo que esse retorno se dê em discordância com o que se expôs originalmente. Um texto crítico não deve jamais ser a palavra final sobre algo, mas um chamado para a reflexão, para um debate e uma troca de idéias que enriqueça todos os envolvidos – o crítico, o leitor e o próprio cinema. É uma pena que, na maioria das vezes, esse debate só se dê quando uma das partes se sente lesada.
Nas últimas semanas dois textos meus causaram repercussão e reações junto às pessoas envolvidas e servem muito bem para ilustrar as diferenças entre uma aproximação que busca um diálogo, uma discussão sobre a obra originalmente analisada e sobre o texto que a analisa, e outro que busca somente desautorizar o que foi escrito, com insinuações e alfinetadas.
No primeiro caso, temos a reação de André Francioli, diretor do curta-metragem Aranhas Tropicais, à minha crítica sobre seu filme, realizada durante o Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, em Portugal. No segundo, as respostas da equipe de produção da mostra Luz em Movimento – A Fotografia no Cinema Brasileiro a uma nota que publiquei sobre o evento.
Para quem se interessar pela questão, os textos originais, as respostas dos envolvidos e as discussões que se seguiram encontram-se abaixo. Ao leitor o julgamento.
Sobre o curta-metragem Aranhas Tropicais, de André Francioli:

Sobre a mostra Luz em Movimento - A Fotografia no Cinema Brasileiro:

1 Comments:

Blogger SB said...

Esta foto é realmente linda.
Foi você que tirou?

26/3/07 21:27  

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