
Mal resolvido entre o thriller social e a comédia de absurdo, O Corte acompanha Bruno Davert, alto executivo da indústria de papéis que, após ser demitido em função de reestruturações de sua empresa, resolve eliminar (literalmente) seus possíveis concorrentes na busca por um novo emprego. A partir desse momento, a câmera cola no protagonista e o acompanha ao longo do filme na busca por seus rivais onde, entre uma situação inusitada e outra, os personagens expõem ininterruptamente uma série de lugares comuns sobre o desemprego e suas conseqüências.
A opção por retratar o protagonista próximo ao patético não permite que o espectador se identifique com ele, perdendo com isso grande parte do impacto da exposição. Não estamos diante de “alguém como nós”, vivendo uma situação pela qual poderíamos passar e tomando decisões que poderiam ser as nossas. Temos ao invés disso um personagem excêntrico e atrapalhado, ao qual acompanhamos, na melhor das hipóteses, com alguma curiosidade.
O que salva o filme são as interpretações de José Garcia, como um Bruno Davert ambíguo e cínico, e de Karin Viard, como a esposa que, mesmo sem compreender exatamente o que está ocorrendo, tenta manter o casamento e ajudar seu marido. Apesar disso, a insistência no discurso panfletário e a pouca atenção dada à encenação fazem de O Corte um filme do qual pouco se retêm após a saída do cinema.
huhuhuhuhuhuhuhuhuuhuhu
ResponderExcluirlegal seu blog viu
chic
Hmmmmmm... Obrigado?
ResponderExcluirCritica muito boa!
ResponderExcluirParabens!