30.11.07

Panorama do Cinema Mundial

Neste próximo final de semana ocorre no Reserva Cultural, em São Paulo, o seminário Panorama do Cinema Mundial, onde serão analisadas e debatidas as cinematografias de 26 países da América, Europa, Ásia e África, buscando compreender principalmente como funcionam seus mercados cinematográficos e as tentativas de barrar a ocupação de suas salas pelo cinema norte-americano.
Participarei do seminário apresentando o cinema da Turquia, cuja produção já foi a 3a maior do mundo na década de 70, passou por uma forte recessão (num ciclo muito semelhante ao do cinema brasileiro) e agora vem retomando o apelo junto ao seu público, atingindo em 2006, pela primeira vez em 20 anos, mais de 50% de participação em seu mercado.
Mais detalhes podem ser encontrados no site do evento:

18.11.07

Semana de Cinema - UFSC

Para os leitores de Florianópolis: amanhã participarei de um debate com José Geraldo Couto (da Folha de São Paulo) na Universidade Federal de Santa Catarina. O debate, com mediação de Felipe Soares, faz parte da Semana de Cinema, organizada pelo curso de cinema da UFSC, e versará sobre a visão da crítica cinematográfica sobre o cinema contemporâneo.
Mais detalhes podem ser encontrados no site do evento:

16.11.07

A Casa de Alice

A Casa de Alice, de Chico Teixeira, Brasil, 2007 - Festival de Berlim

Um dos grandes diferenciais de A Casa de Alice em relação ao atual panorama do cinema brasileiro é o ambiente sobre o qual se debruça: a classe média baixa paulistana. Estamos, entretanto, longe do cinismo e do negativismo programático de um Contra Todos, embora tenhamos aqui também a família desestruturada, a sexualidade à flor da pele, uma certa imoralidade nos relacionamentos. De fato trata-se quase de um anti-Contra Todos, pois A Casa de Alice está colado em seus personagens (em especial na protagonista), acompanhando cada um de seus movimentos não com desdém, mas com carinho e curiosidade. Nesse sentido, o filme se aproxima mais de O Céu de Suely, com sua câmera contemplativa, suas atuações naturalistas, sua forte protagonista feminina.
Alice é o eixo em torno do qual se sustenta a família: sua mãe, o marido e três filhos homens. Todos com segredos a esconder, e só a mãe/sogra/avó (que ironicamente está perdendo a visão) observa a tudo em silêncio. Em suas conversas no salão de beleza onde trabalha como manicure, nas crendices e superstições que compartilha com a mãe, no meio extremamente machista em que convive, na rádio AM ligada o dia inteiro, nas viagens de ônibus para o trabalho, no refresco de uva das refeições: tudo em A Casa de Alice reflete à perfeição o ambiente retratado, e Chico Teixeira sabe utilizar sua câmera com precisão para, através de seus longos planos e cortes secos, desvendar esse universo para o espectador. Com sua estréia em ficção, Chico Teixeira consegue nos entregar uma obra poderosa, que o coloca entre aqueles diretores desta novíssima geração do cinema brasileiro a se acompanhar de perto.

7.11.07

Mostra CineBH 2007

Para os que andam estranhando minha ausência por aqui, saibam que ainda continuo envolvido na produção do documentário À Margem do Lixo, de Evaldo Mocarzel, cujas filmagens devem terminar esta semana - e que, enquanto durarem, não me deixam tempo livre para quase nada. Ainda assim, semana passada consegui dar uma escapada para Belo Horizonte, onde mediei o seminário "Na paralela do circuito", parte da Mostra Cine BH.
O debate - com a presença de representantes do Fórum dos Festivais, da Programadora Brasil, do Microcine Cinema Brasil e do programa DocTV - abordou, de maneira extremamente interessante e pertinente, iniciativas públicas e militantes que visam fomentar e difundir novas formas de acesso do espectador brasileiro à nossa produção.
Mais detalhes podem ser encontrados no site da mostra: